A PRAGA LARANJA: Uma Escultura de Trump Nu Desfila pela COP30
— Desafiando o Legado Climático dos EUA e o Poder MAGA
Belém, COP30 – No coração da Amazônia, uma imponente escultura de cobre de Donald Trump completamente nu está chamando atenção — e aumentando a temperatura em relação à postura dos Estados Unidos sobre o clima.
Criada pelo artista dinamarquês Jens Galschiøt, A Praga Laranja retrata Trump sentado nas costas de um homem magro e exausto, segurando uma balança em uma mão e um taco de golfe na outra, enquanto uma bola de golfe que lembra inconfundivelmente o Planeta Terra repousa aos seus pés. Ele é “o rei da injustiça” — The Orange Plague.
A proclamação gravada na escultura diz: “Farei de tudo para ajudá-lo — exceto sair de cima de suas costas.”
Esta semana, o senador da Califórnia Josh Becker comentou que Trump “talvez se sinta honrado — afinal, ele está sentado no topo”.
A observação mistura humor e crítica incisiva: a escultura não apenas satiriza Trump — ela expõe uma estrutura global de poder que se apoia sobre os vulneráveis enquanto nega o próprio papel na crise climática.
Até agora, nem Donald Trump nem o movimento MAGA responderam à explosiva presença da obra na COP30.
Dada a representação — um rei narcisista, despido, convencido de sua própria genialidade enquanto todos veem que ele está “nu” — uma reação parece inevitável.
Negacionismo climático disfarçado de realeza
Trump continua negando as mudanças climáticas e defende perfurações de petróleo sem restrições. Ele rejeitou descobertas científicas, obstruiu acordos internacionais e pressionou outros países a desacelerar suas transições verdes.
Enquanto isso, os impactos do clima recaem mais duramente sobre as regiões menos responsáveis — incluindo a Amazônia e o Sul Global.
A escultura de Galschiøt se ergue como um veredito visual:
Quando os poderosos se recusam a assumir responsabilidade, o peso recai sobre aqueles que menos podem suportá-lo.
Da Dinamarca à COP30: 6.000 mini-Trumps enfrentam a desigualdade global
Três membros da família Galschiøt — Lasse Galschiøt, Laila Dalgaard e seu filho de 9 anos, Lue — viajaram da Dinamarca ao Brasil para apresentar a obra publicamente.
Eles trouxeram:
a escultura de cobre de 2,5 metros
e 6.000 miniaturas de Trump impressas em 3D, cada uma sentada nas costas de um homem com uma balança na mão e o texto: “Farei de tudo para ajudá-lo — exceto sair de cima de suas costas.”
As miniaturas estão sendo entregues a delegados, ativistas, jornalistas e moradores como pontos de partida para conversas sobre injustiça climática e obstrução política.
As reações variam de riso a choque — e até gratidão silenciosa de quem vê sua própria frustração refletida na obra.
Continuação da obra de Galschiøt sobre injustiça global
Em 2000, Galschiøt criou o “Pilar da Vergonha” de 8 metros em Belém, em memória dos 16 ativistas do MST mortos enquanto lutavam por direitos à terra.
A Praga Laranja dá continuidade a esse legado — expondo abuso de poder, negacionismo climático e desigualdades de origem colonial que ainda moldam a política global.
A escultura não é uma caricatura para entretenimento — é uma acusação moral.
Um lembrete de que a crise climática não é apenas dados científicos, mas resultado de escolhas tomadas por aqueles com mais poder
— e menos responsabilidade.
Contato para imprensa dos EUA
Lasse Galschiøt (no local da COP30, Belém, Brasil)
WhatsApp: +45 61 70 30 83
Email: aidoh@aidoh.dk
Uma alta escultura de Trump, fundida em bronze, sentado nas costas de um homem frágil como o Rei da Injustiça, com balança na mão — e um taco de golfe — está a caminho do Brasil. Junto com 6.000 mini-Trumps que serão distribuídos.
Fotos da esquerda para a direita:
A escultura de bronze de 2,5 m (incluindo o pedestal). Impressões 3D originais que serão distribuídas na cúpula climática no Brasil.
Mais fotos (role a página)
A Escultura
Incluindo o pedestal, a escultura de cobre tem 2,5 m de altura e retrata um Trump corpulento e nu, sentado arrogantemente sobre um jovem magro de tênis e bermuda — uma imagem de desequilíbrio de poder e negação.
Em uma mão, Trump segura um taco de golfe; na outra, uma balança da justiça. Ao lado dele, uma bola de golfe em forma de Planeta Terra repousa no chão.
No pedestal está gravada a inscrição:
Estou sentado nas costas de um homem.
Ele está afundando sob meu peso.
Farei qualquer coisa para ajudá-lo.
Exceto descer de suas costas.
Inspirado em “A Roupa Nova do Imperador” – com um toque de golfe
O artista Jens Galschiøt descreve a obra como uma versão moderna de A Roupa Nova do Imperador, de Hans Christian Andersen, em que um governante vaidoso desfila nu acreditando estar vestido com as mais finas roupas. A ilusão — sustentada por medo e bajulação — dura até que uma criança grita: “Ele não está vestindo nada”, e o imperador se torna motivo de riso.
“Trump é o imperador nu, preso em sua própria ilusão de grandeza. Todos veem a verdade — mas poucos ousam dizer em voz alta”, afirma Galschiøt.
Com humor grotesco e exagero teatral, a escultura se inspira nas tradições da sátira política e da commedia dell’arte, onde o riso é usado como arma contra o medo e o poder.
“O riso desarma tiranos. Quando o riso começa, o medo desaparece — e o poder fica nu”, acrescenta o artista.
6.000 Mini-Trumps vão invadir a COP30
Para amplificar a mensagem, a equipe de Galschiøt produziu 6.000 miniaturas impressas em 3D que serão distribuídas gratuitamente a delegados e ativistas.
Cada mini-Trump traz a gravação King of Injustice e The Orange Plague, junto com o texto:
Eu me sento nas costas de um homem.
Farei de tudo para ajudá-lo.
Exceto descer.
As miniaturas fazem parte de uma ação ao estilo street art, um “grito escultórico” pensado para gerar debate e atenção viral.
Todos os arquivos 3D são disponibilizados livremente sob licença aberta. Qualquer pessoa pode baixar e imprimir sua própria versão de The Orange Plague. Get Print Files
O propósito do projeto — e por que Donald Trump?
Trump está minando os esforços climáticos, revertendo conquistas importantes e até destruindo dados científicos que os comprovam. Pior: usa poder e pressão econômica para desencorajar outras nações a adotarem iniciativas verdes — enfraquecendo assim a luta global contra a crise climática.
Nações e ONGs têm medo de levantar o assunto abertamente, temendo tarifas, cortes de fundos ou deportações.
Como um ateliê artístico independente, não estamos presos a essas restrições.
Esta escultura foi criada para abordar “o elefante na sala” e iniciar um debate necessário sobre como os EUA estão destruindo a única chance do mundo de enfrentar a catástrofe climática — e como resistir.
Participação e Colaboração
O projeto The Orange Plague está aberto à colaboração com ONGs, artistas e participantes da COP30.
Organizações e indivíduos são convidados a participar:
ajudando a distribuir as miniaturas durante a COP30
imprimindo suas próprias versões (Get Print Files)
organizando exposições ou eventos em Belém relacionados ao projeto
Para coordenação: aidoh@aidoh.dk – WhatsApp +45 61703083
Galschiøt retorna a Belém – 25 anos após o “Pilar da Vergonha”
Esta não é a primeira grande intervenção de Galschiøt no Brasil. Em 2000, ele ergueu um Pilar da Vergonha em Belém, em colaboração com o então sindicalista e hoje presidente Lula da Silva e o MST, como memorial do massacre de Eldorado dos Carajás, no qual 19 trabalhadores rurais sem terra foram mortos pela Polícia Militar.
A escultura ainda está em Belém, símbolo de resistência.
Os Pilares da Vergonha são instalados ao redor do mundo como uma espécie de “Prêmio Nobel” para Crimes contra a Humanidade. Outro exemplo é o famoso Pilar Laranja da Vergonha em Hong Kong.
Pillar of Shame – Wikipedia
Pillar of Shame no Brasil
A arte como arma política em conferências climáticas
Galschiøt não é estranho ao uso de arte como confrontação. Suas instalações monumentais apareceram na COP15 (Copenhague), Rio+20, COP21 (Paris), COP23 (Bonn) e COP29 (Baku) — frequentemente se tornando ícones midiáticos e símbolos de protesto.
I am a Danish artist who has exhibited climate related art at climate conferences all over the world, including COP15, RIO+20, COP21, COP23 and COP29, often with support from the Danish government. In my experience, art can serve as a powerful complement to the many words exchanged at a climate summit. My sculptures are often used by the media as sort of mascots for the events. They are easy to understand visual expressions of the climate issue and what is at stake at the conferences.
When a Danish sculptor raised a pillar of shame in front of Brazil’s Congress, art turned into politics and politics into art. Twenty-five years later, the sculpture still stands as a reminder of the country’s wounds – and of the courage to point a finger.
When Danish sculptor Jens Galschiøt stood before Brazil’s National Congress in April 2000, surrounded by banners, police, and thousands of landless peasants, he wasn’t just raising a sculpture — he was issuing an indictment.
An eight-metre-tall column of twisted human bodies — The Pillar of Shame — was lifted into the sky on the anniversary of the Eldorado dos Carajás massacre, where 19 members of the MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) were shot dead by military police in 1996.
Galschiøt called the work “The pillar of shame” — a monument for those places in the world where power meets abuse. “A pillar of shame is not meant to decorate — it’s meant to wake people up,” he said at the time.
A Danish project in the storm of Brazilian politics
The initiative met both admiration and resistance. On one side stood the MST, the world’s largest peasant movement, led by João Pedro Stédile, who saw Galschiøt’s project as a tool to draw attention to their struggle for land reform and human rights. On the other side stood conservative politicians who denounced the sculpture as “inappropriate” and tried to block it in customs.
The alliance between the artist and the movement was supported by Senator Heloísa Helena of the Workers’ Party (PT), one of the most uncompromising voices in Brazil’s Congress. She helped secure the necessary permits and acted as a political protector when opposition grew. “This sculpture is the voice of conscience in our democracy,” she declared at the unveiling.
From Brasília to Belém
After the ceremony in the capital, the Pillar of Shame was transported north to the state of Pará — near the site of the massacre itself. There it was received by Edmilson Rodrigues, the mayor of Belém at the time.
Rodrigues, then a PT member and now mayor for the left-wing PSOL party, officially incorporated the monument into the city’s public art collection. “This work should remind us that justice is not only a legal term but a responsibility,” he said at the hand-over. Since then, the sculpture has stood in Belém as a physical and moral landmark — a reminder of the day when art crossed the line between aesthetics and activism.
A collaboration across continents
Galschiøt’s Brazilian project was built through a network that connected artistic resistance with political mobilisation.
Lula da Silva, presidential candidate
Heloísa Helena, senator and later presidential candidate, gave the project parliamentary legitimacy.
João Pedro Stédile and MST organised logistics, volunteers, and security during the installation.
Edmilson Rodrigues, as mayor, gave the sculpture a permanent home in Belém.
Together they forged an alliance in which art became a means to renegotiate truth and accountability in the public sphere.
A monument against forgetting
For Galschiøt, the Pillar of Shame in Brazil was part of a wider series — Pillars of Shame and protest raised in cities such as Hong Kong and Mexico.
Brazil was special. “It was a place where you could feel that art had consequences,” says Jens Galschiøt today. “There was risk, resistance — but also the hope that art could actually change something.” The sculpture became both a memorial for the dead and a mirror for the living. It has been used by MST in demonstrations, commemorations, and human-rights education.
A living legacy
Twenty-five years later, the people behind the project are still active.
Edmilson Rodrigues In Belém, focusing on climate and social justice.
João Pedro Stédile remains a leading figure of MST and now collaborates with President Lula’s government on land reform.
Heloísa Helena works as a teacher and public intellectual, still an outspoken voice in Brazilian politics.
Lula da Silva is now president of Brazil.
And the Pillar of Shame? It still stands. Weathered by the Amazon’s humidity, marked with graffiti and adorned with flowers left by MST activists each April 17. For many Brazilians, the Danish sculpture is no longer a foreign object but part of the nation’s own memory — a monument that still points its finger, not only at the past, but at the structures of power that shape the present.
Galschiøt Returns to Belém
Now, twenty-five years later, a Galschiøt returns to Belém — this time in connection with COP30. It is not Jens, but his son, Lasse Galschiøt, who follows in his father’s footsteps. He arrives with a new and controversial artwork: a 2.5-metre bronze sculpture of a naked Donald Trump, symbolising what he calls “Trump’s attempt to kill the climate movement and the green transition.”
Unlike his father’s monumental Pillar of Shame, this new piece is not meant to stand still. The sculpture will be moved through public spaces in Belém during the climate summit, highlighting what the artist describes as Trump’s efforts to sabotage decisions to reduce CO₂ emissions and halt global warming.
Alongside the large sculpture, Lasse brings over 6,000 miniature versions — small 3D printed figures to be distributed among COP30 delegates as a tactile reminder of the connection between political denial and climate destruction.
Take a Virtual Tour around Galschiøt's Gallery with Google Street View
It is now possible to walk directly into Gallery Galschiøt and look around. So now the whole world can come visit, without having to travel halfway around the world. Of course, we still hope that our many thousands of annual guests will stop by and look at art and drink coffee.Click here and take a virtual tour.
_________________
About Jens Galschiøt
Danish artist Jens Galschiøt has created many socio-critical sculptures and installations through the years. Most often they are placed in public spaces around the world – as needle-sticks and silent reminders of a world that, in his opinion, is out of balance, and where exploitation of the world’s resources, inequality and migration are a constant part of the picture.